Quando eu era criança pequena, em Teófilo Otoni, ouvi muito a história de João e Maria, contada por minha mãe, pelas avós e pela babá da minha irmã. Depois, alfabetizado, li na coleção “As Mais Belas Histórias”.
A trama era a mesma escrita pelos Irmãos Grimm, com poucas adaptações: um casal de irmãos era abandonado pelos pais na floresta, porque não tinham condições de criá-los (nunca concordei – até hoje penso nisso – com esta opção cruel). Joãozinho, tendo ouvido o plano do pai, foi ao regato e pegou pedrinhas, com as quais marcou o caminho de volta para casa. De outra vez, não teve tempo de pegar pedrinhas, foi marcando o trajeto com migalhas de pão. Os passarinhos comeram a marcação e os meninos foram parar na casa da bruxa. Ponto.
Venho para hoje. Ou melhor, para quarta-feira, dia 18. Na querida e progressista cidade de Cujubim – RO, uma dupla desastrada assalta uma loja de conveniências do posto de gasolina e leva dinheiro e um monte de mercadorias em uma moto. No caminho vão caindo cervejas, cigarros… depois a polícia encontrou o rastro dos pneus da moto, a própria moto; na sequencia, pegadas dos indigitados, que são encontrados em seguida.
A polícia nunca teve tanta moleza para prender vagabundo…