No som ambiente da barbearia tocava a música “Amanhã”, que ficou conhecida na voz da Simone (A cigana leu o meu destino / Eu sonhei! / Bola de cristal / Jogo de búzios, cartomante /
E eu sempre perguntei…) a partir de 1983. A melodia acionou meus neurônios em mais uma sinapse daquelas que desenterram fatos que estão sepultados pelo lodo dos anos.
Lembrei que quando era criança, lá em Teófilo Otoni, minha mãe aceitou a sugestão de uma cartomante cigana que “colocou cartas” e disse ter lido o meu destino. Ela viu três coisas que iriam acontecer comigo: Eu me casaria cedo, teria uma vida longa e seria rico.
Casório: Me casei aos 22 anos – ponto para ela!
Longevidade: Já estou chegando aos 70 – ponto para ela!
E… E? Ôôô Cigana, cadê o cumprimento do resto da profecia?