03 de janeiro de 2023

O Poderoso Thor

Por José Carlos Sá

No post anterior escrevi que eu sabia muitíssimo pouco sobre a mitologia nórdica, ao contrário da mitologia grega sobre a qual eu li bastante, desde que conheci o Monteiro Lobato e ele me apresentou aos Doze Trabalhos de Hércules e ao Minotauro.

O Poderoso Thor!, de 1966, baseado em criação de Stan Lee (Grantray-Lawrence Animation / Reprodução)

No final dos anos 1960 assistíamos pela tv os desenhos animados do Capitão América, Thor, Homem de Ferro (herói que não gosto desde então, e agora, vivido no cinema pelo ator Robert Downey Jr, aumentou a antipatia), Hulk (nunca gostei) e Namor, o príncipe submarino. Os desenhos eram toscos, os bonecos se arrastavam pela tela e os movimentos eram só nos lábios e na piscada. Chamávamos de “desenhos desanimados”. Os desenhos passavam durante a semana, um super-heroi por dia e cada aventura tinha três segmentos de sete minutos cada.

A empresa canadense Grantray-Lawrence Animation se inspirou nas HQs da Marvel, que que tinha o Stan Lee entre os criadores das personagens. No Brasil, as histórias em quadrinhos desses heróis eram distribuídas pela saudosa EBAL Editora Brasil-América Ltda).

Asgard com sua ponte de Arco-Íris (Grantray-Lawrence Animation / Reprodução)

Pesquisando para escrever este texto, fiquei sabendo que o tema de abertura do Poderoso Thor era cantado em português pelo MPB-44, então em início de carreira. Eu sabia cantar o prefixo, aliás cantei aqui antes de achar a “letra oficial”, pois eu não tinha certeza das palavras. Era assim: “O onde o arco-íris é ponte // Onde vivem os imortais // O trovão é meu guarda-mor (eu cantava “passaporte”) // O barra limpa é Thor!”. Esse “barra limpa” era uma gíria da época, influência direta da Jovem Guarda, de Roberto e Erasmo Carlos.

A identidade secreta do asgardiano na Terra era o médico Donald Black. Odin o enviou para cá sem memória e com uma deficiência física para que Thor perdesse a arrogância. Mais tarde ele   redescobriu seus poderes de dominar as tempestades, raios e trovões.  A bengala do médico era o martelo Mjolnir disfarçado, que era usado na metamorfose para Deus do Trovão e vice-versa, combatendo as ameaças ao planeta e as injustiças desse e de outros mundos.

Tags

EBAL Jovem Guarda Marvel MPB-4 Stan Lee Thor 

Compartilhar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*