Li hoje (9/08) uma matéria no G1-SC sobre um bebê recém-nascido que foi abandonado na porta de uma mulher, na cidade de Porto União, na divisa de Santa Catarina com o Paraná. A criança ainda estava com o cordão umbilical e foi deixada em uma caixa de papelão. O resgate foi feito pelo Corpo de Bombeiros que levou a criança para um hospital da cidade.
O subtenente bombeiro Alfonso Alfonso Eckl, que atendeu a ocorrência, se emocionou e disse à reportagem que em 35 anos de serviço era a primeira vez que via “cena parecida” (sic).

Roda dos expostos foi assunto do Banzeiros em 24032020 (Reprodução)
Mais tarde, por estas concomitâncias da vida – que chamo de coincidências – chegou o boletim de uma agência de notícias que comentava uma matéria do The New York Times sobre o aumento da procura pelas Safe Haven Baby Box, que o gúgol traduz como “caixa de bebê ‘porto seguro'” e que nos países de língua portuguesa foi conhecida como “Roda dos Expostos” ou dos enjeitados, desde a Idade Média (comentei isso há dois anos no Banzeiros). Há países que a Roda ainda é usada como forma de “doar” os recém-nascidos.

A caixa do bebê instalado no quartel dos bombeiros de Carmel (Foto Kaiti Sullivan/The New York Times)
Cinquenta estados norte-americanos adotam o expediente de manter um local onde as mães que não desejam os filhos que acabam de dar à luz possam deixar os bebês sem incorrer em crime e também para evitar que coloquem as crianças em lixeiras. Acima de tudo, a iniciativa visa evitar o aborto. As caixas de bebê são instaladas em locais como hospitais e quartéis do Corpo de Bombeiros.
A assunto virou notícia esta semana pois uma criança foi deixada em uma caixa de bebê instalada no quartel de Carmel – Indiana. Lá, a caixa tem um dispositivo de alarme que avisa aos brigadistas da chegada de uma “doação”. O equipamento estava instalado ali há três anos e só foi inaugurado agora.
A fundação National Safe Haven Alliance, que trabalha com adoções, declarou ao New York Times que “estima que 115 entregas legais ocorreram em 2021. Nos últimos anos, houve mais de 100.000 adoções domésticas anualmente e mais de 600.000 abortos”.
No Brasil, …, bem, … no Brasil…