Enquanto não concluo a leitura de mais um livro neste confinamento social, quero comentar três passagens que me impressionaram nos livros já resenhados.
No livro Recordações de Guerra e Viagem, quando os brasileiros atacam um grupo de soldados paraguaios, já no finzinho da guerra, o autor do livro conta que a tropa inimiga era formada por crianças, algumas usando barbas falsas para fingir serem adultas. O Paraguai perdeu na guerra cerca 75% de sua população, segundo alguns autores, a maioria do sexo masculino.
Citado de passagem, sem entrar em detalhes no livro Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, a doença conhecida no Brasil Colônia com os nomes de maculo, corrupção ou mal do bicho voltou a ser lembrado no livro Cidade de Matto Grosso, onde a doença era bem descrita e provoca medo. O maculo é uma “doença, uma retite inflamatória, consistia na presença de ulcerações com relaxamento do esfíncter anal externo”.
Se a doença, em si, já é terrível, o remédio é pior: “O tratamento é feito pelo reto, com a introdução de substâncias antissépticas. Uma mistura de suco de limão, pólvora, erva-de-bicho e aguardente. Algumas vezes pimenta também era usada”.
No livro O Cortiço, uma cena que eu tinha esquecido é como o João Romão se livrara da Bertoleza, para se casar com Zulmira, filha do comerciante Miranda. A antiga companheira de Romão se suicida quando ela, como escrava, é entregue ao antigo dono, de quem tinha fugido há muitos anos.
Tudo terrível.