Sobre a postagem No fio da navalha, em que comento o evento Rondônia Transparente, Eleição Consciente, em que o presidente do Tribunal de Contas do Estado demonstrou as contas públicas do Executivo aos postulantes ao cargo de governador e à Imprensa, chamei a atenção para a comparação entre o custo de um apenado e o de um aluno da rede pública.
O meu amigo Emerson Castro, ex-secretário-chefe da Casa Civil durante a administração Confúcio Moura, explicou que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. “Quando um preso foge, nós temos polícia e agente penitenciário atrás dele; quando aluno se evade, nós não temos esse custo; o aluno tem merenda escolar que o Estado investe R$ 1,00 por aluno; o preso tem café da manhã, almoço e jantar; o aluno não tem a garantia de assistência médica e odontológica, que o preso tem e mais a garantia de oferta de educação. Então é natural que o custo do preso seja maior , não tem comparação mesmo. Infelizmente é uma conta dura, a gente sabe disso, mas é uma conta que no nosso sistema brasileiro ele nunca vai ser equiparado o custo do preso com o custo do aluno. E olha que quando o dr. Confúcio assumiu não tinha nem 80 presos trabalhando. Hoje temos mais de 3.600 presos trabalhando. Nós somos referência no Brasil em emprego da mão de obra de apenado, economizando assim com obras de manutenção de escolas, de jardins… Até a nossa decoração de natal do Estado [CPA] é feita por presos. Isso tem um processo de ganha-ganha maravilhoso, pois o preso fora do sistema prisional tem mais de 80% chance de ressocialização, ele fatura um dinheirinho que ajuda a família dele, o Estado economiza nessas obras e economiza também quando o preso não retorna para o sistema.”