10 de abril de 2015

TORCENDO CONTRA

Por José Carlos Sá

Na semana passada assisti a entrevista do coronel Frederico Caldas, relações públicas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sobre a continuidade das UPPs. Em um trecho da entrevista, o militar desabafa: “Esse clima de pessimismo, essa torcida de alguns que a gente vê, infelizmente, para que não dê certo, não pode, porque vai todo mundo para o buraco. Se der errado, vai todo mundo para o buraco (…)”.

Essa coisa de “torcer contra” é um dos esportes mais praticados aqui nas terras de Rondon. É como aquelas “lotéricas” em Londres, onde você aposta a favor ou contra qualquer assunto. Em Porto Velho, a prática é mais restrita, só se aposta contra.

Posso dar alguns exemplos de coisas que foram “secadas”*. Em algumas, a “secagem” deu certo, em outras não, mas a torcida continua, companheiro: Asuzina; os shoppings (um vingou, o outro não); os viadutos; a ponte da balsa; a eleição de Confúcio; a cassação de Confúcio; a eleição de Expedito Junior; a inegibilidade de Expedito Junior; a “queda” do Emerson Castro; a “queda” do secretário Padovani; a cassação de Mauro Nazif; a CPI dasuzina; as Operações da PF (todas e as que virão); e etc.

*Como “secadas” classifico o desejo manifestado em artigos, colunas e comentários nos impressos, rádios, tvs e internet que alguma coisa de ruim aconteça com alguém ou algo.