Quando eu era criança pequena lá em Teófilo Otoni, o dia primeiro de abril era a ocasião de fazer “pegadinhas” (não tinha este nome) com os irmãos, coleguinhas e adultos. Era a oportunidade de elaborar boas histórias, segurar a atenção e, no ápice, gritar: “Primeiro de abril, te peguei!” Ou, quando mais jovem ainda: “Primeiro de abril/sua calça caiu/sua mão não viu!”.
Hoje, para distinguir mentira da verdade é uma coisa complicada. Tudo são meias verdades, tudo é relativo. O que se apresenta claro e sólido à nossa frente nada mais é que uma ilusão de ótica, uma visagem. Tudo tem uma explicação plausível, uma justificativa.
E vamos em frente, sem se iludir.