17 de abril de 2025

A Ceia

Por José Carlos Sá

Uma das minhas obras prediletas do ‘multicoisas’ (os eruditos chamam de polímata) Leonardo da Vinci é “A Última Ceia”. Eu nunca vi a pintura original, que está na  a igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão – Itália, mas vi centenas de cópias e paródias da cena.

Contam os quatro evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João – e recebem o reforço de Paulo, na Carta aos Coríntios, que Jesus Cristo estava reunido com os apóstolos, pouco antes de ser preso, e dividiram uma refeição. Este evento é a base da tradição cristã da eucaristia.

A ceia é cheia de simbolismos, pois Jesus teria previsto que seria traído por um dos apóstolos e que Pedro – seu “braço direito” – iria negar conhecê-lo três vezes antes do galo cantar. Também nessa refeição, Cristo teria preparado o seus discípulos para continuar o trabalho que ele iniciou.

Voltando ao florentino da Vinci, a reprodução da pintura dele está em milhares de lares católicos, e na casa dos meus pais, me lembro de um quadro de madeira e sobre ele uma escultura em metal da última ceia. O suporte de madeira os cupins já comeram, mas a parte de metal continua lá.

Nesta quinta-feira, da Semana Santa, lembro dessa passagem dos Evangelhos mostrando três imagens: a obra de Leonardo da Vinci; uma foto que o amigo Michael Lewin fez em um restaurante, que eu gosto tanto quanto a pintura do Leonardo; e um rascunho meu sobre o mesmo tema, em um momento de inspiração. Coloco aqui, junto com o trabalho de dois mestres, pois como diz o ditado popular “Coruja que não gaba o seu toco, pau nela!”.

A última ceia – Leonardo da Vinci (Domínio público/Reprodução)

Sob inspiração sagrada (Foto Michael Lewin/Reprodução)

“Um de vós… (Desenho JCarlos 15051978)

 

[Crônica LXII/2025]