
Depois de uma perseguição, a vítima – que teve o carro roubado – recupera muito pouco do que foi o veículo (Imagem gerada por IA ArtGuru-AI e JCarlos)
Na noite de sexta-feira, 21 de março, enquanto a Marcela, eu e milhares de pessoas (tô chutando o número) cantávamos junto com o Herbert Vianna “se as meninas do Leblon não olham mais pra mim / Eu uso óculos”, alguém dirigia o carro pela contramão perseguido pela polícia, em uma caçada que começou na região continental de Florianópolis e terminou na cidade de Palhoça.
Os meliantes, que estavam no Nissan Kicks roubado de um motorista de aplicativo, só viram que a polícia estava no encalço deles muito tarde. Aí que começou a correria em um bairro residencial, com troca de tiros e avanço de sinal. Como em toda fuga desse tipo, o motorista da Nissan abalroou outros veículos, inclusive viaturas da PM. O final foi um capotamento, troca de tiros, corrida para o matagal, cerco e morte de um dos suspeitos.
O Nissan Kicks deve ter ido para o ferro velho. Espero que o proprietário esteja em dia com o seguro.
Tiro de ‘12’ no motor
Eu conheço uma história parecida, que aconteceu fora do cinema e da Netflix. Fui buscar nos arquivos do blog Banzeiros uma situação que ocorreu em Rondônia e que registrei na edição de 2 de dezembro de 2014. Foi assim:
Há alguns anos um carro zero, retirado da loja naquele dia, foi furtado da casa do proprietário. Ao perceber o extravio, telefonou para o delegado da cidade de Jaru (RO), que imediatamente colocou os agentes em busca do veículo.
O carro roubado foi visto passando pelo posto da Polícia Federal (naquela época havia postos ao longo da BR-364) e o agente da Polícia Civil que estava mais próximo foi avisado, saindo em perseguição, e para isso “requisitou” uma caçamba que passava na hora.
Como o ladrão dirigia tranquilo, pensando não ter sido descoberto, foi logo alcançado pelo caçambeiro e pelo policial civil, que deu ordem de parada com tiros de escopeta em direção ao motor. Por causa do susto ou dos tiros, o carro saiu da rodovia e capotou.
O agente avisou ao delegado que a missão tinha sido cumprida com êxito e o dono do carro foi recuperá-lo. Ao ver o estado do veículo, todo arrebentado mas ainda com plástico nos bancos, caiu em prantos…
O pessoal mais antigo da Polícia Civil deve se lembrar desta história, pois o policial que “recuperou” o carro ainda pediu um agrado ao proprietário do veículo.
[Crônica XLVI/2025]