Soou o alarme do fim do mundo, do Armagedom. Ainda não foram ouvidos os acordes da sétima trombeta apocalíptica, mas os sinais podem ser captados em toda parte.
Fatos inusitados acontecem pelo planeta afora, o que já me levou a colocar as minhas barbas de molho, procurando um padre para me confessar, buscando me desculpar com os desafetos (mesmo aqueles que desconheço) e colocando em dia as minhas dívidas, pois o esperado fim do mundo está perto.
Fiz uma pequena retrospectiva, já que estamos na safra dos balanços anuais.
Um cara tentou explodir o STF, mas acabou se implodindo em Brasília; no Líbano, 12 pessoas morreram e milhares (2.800 ou 3.000) ficaram feridas com a explosão dos antiquados ‘bipes” (pagers para os gringos); no dia seguinte, foi a vez dos usuários de inocentes walkie talkies irem para os ares. Morreram 20 pessoas e outras 450 ficaram feridas.
Esta semana a empresa norte-americana Stanley mandou recolher garrafas e copos térmicos de lotes fabricados entre maio de 2016 e 2023. Foram relatados mais de 90 eventos em que as tampas se soltaram e o líquido contido nos vasilhames queimou os rostos ou braços dos fregueses.
Na Rússia, uma patinete-bomba explodiu na porta do prédio em que um general morava. Ele e um auxiliar morreram.
Mas o que realmente me deixou preocupado foi uma explosão que foge ao padrão dessas que listei, que ocorreram por inspiração político-militar. Em Curitiba, informa o G1-PR, um homem sofreu queimaduras no rosto ao morder uma coxinha – sim, uma coxinha -, um prosaico salgadinho de boteco.
A Marcela sempre me avisa para retirar uma “orelhinha” dos pastéis fritos na hora, para evitar queimaduras com o vapor quente e eu nunca ouço. Agora vou repensar meus hábitos ao pedir um pastel. Quanto às coxinhas, eu já não as comia, agora que evitarei até ficar perto delas.
Coxinha explodindo é o aviso final do fim do mundo!
[Crônica CLXXXVII/2024]