Uma ossada humana estava dentro de uma caixa de ar condicionado. Como foi parar lá? (Ilustra gerada por IA Microsoft/Designer)
Eu sempre leio os assuntos dos e-mails antes de apagá-los, inclusive os spams. Hoje uma mensagem me chamou a atenção. Tratava-se de uma operação de busca e apreensão contra empresários do ramo de funerárias em duas cidades do oeste catarinense, coordenada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
Em uma das casas investigadas, os policiais encontraram restos mortais humanos dentro de uma caixa de ar-condicionado, no forro do imóvel.
Imediatamente comecei a pensar sobre esse mistério. O que uma ossada humana estava fazendo escondida sobre o forro da casa de um empresário do ramo de funerária? Ele estaria fazendo home office e escondeu uma tarefa inconclusa no teto?
Ou a empresa dele estava com uma grande demanda de corpos para sepultar e não tendo mais lugar para guardar tanto defunto, resolveu abrigar o de cujus na própria casa? Será que a família do empresário sabia do columbário no teto da residência?
Talvez agora fiquem explicados algumas coisas estranhas que aconteciam naquela casa. O ar-condicionado se autorregulava, ora fazia muito frio, outras muito calor, sem que ninguém desse o comando. As pessoas ouviam, em determinadas noites, ruídos que pareciam ossos sendo esfregados uns nos outros ou gemidos, tudo vindo da direção do ar-condicionado.
A esposa queria chamar um padre, o pai-de-santo ou uma benzedeira, mas o marido dizia que era bobagem, que o problema era o aparelho condicionador de ar antigo e que iria trocá-lo assim que as coisas melhorassem no negócio: estava morrendo pouca gente e os concorrentes da funerária dele dificultavam ainda mais as coisas.
Vamos aguardar as investigações para saber a quem pertencem aqueles ossos e em que circunstâncias eles foram parar naquele estranho jazigo.
[Crônica CLXXIII/2024]