09 de novembro de 2024

Roubos estranhos

Por José Carlos Sá

O ladrão levou “até” os dólares que encontrou (Imagem gerada por IA Microsoft Designer)

Fico sabendo, assim mesmo sem querer, de duas ocorrências de furtos e roubos, em que os narradores se surpreendem com a audácia dos ladrões.

Roubo – 1

– Cê lembra do Arcide?

– O Arcide do Nicanô?

– Não, sô! O Arcide jogador. Entraram na casa dele e roubaram tudim. Até três mil dólar que ele tinha em casa. Até os dólar dele!

Roubo – 2

“O senhor acredita? A mesma mulher foi roubada três vezes no mesmo dia! Tem base?”

Perguntei como aconteceu e se a mulher havia sido vítima de assaltos em série, praticados por elementos distintos

“Não senhor. Foram os mesmos ladrões. Eles pularam o muro e pegaram uma máquina de alta pressão e fugiram pelo portão que estava aberto. Uma hora depois eles voltaram e entraram na casa por uma janela. A mulher estava em casa e começou a gritar. O marido chegou da rua, prendeu os dois ladrões, deu uns cacetes neles e chamou a polícia. O senhor sabe o que aconteceu?”

Não tive tempo de responder. O cara só estava pegando um ar.

“O homem foi preso por ter espancado os dois, que eram ‘de menor’. Todos foram para a delegacia, mas só o dono da casa, a vítima, é que ficou detida. De sacanagem, os menores voltaram na casa, amarraram a mulher e fizeram uma limpeza. Dinheiro, jóias, celulares… Tudo que podiam carregar. Não tem condições.”

Concordei com ele. Realmente, não tem condições.

[Crônica CLXII/2024]

Tags

Furto Minas Gerais Roubo 

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