Depois de dobrar a segunda esquina teve a certeza que estava sendo seguido. Parado no semáforo de pedestres, olhou sobre o ombro direito e viu um homem desconhecido olhando para ele com aparente interesse.
Atravessou a rua e, como nos filmes, parou em frente a uma loja fingindo que olhava uma vitrine. No reflexo do vidro viu o rosto do seu perseguidor, agora parado atrás dele.
Um “click” e ele soube que uma arma havia sido engatilhada, mas não chegou a ouvir o estampido do tiro.
[Miniconto inédito, escrito na safra de textos da década de 1980]