Alguém de vocês aí que já leu um livro ou assistiu a um filme onde haja dragões, cogitou em saber o que aqueles bichos comem e o que os faz cuspir fogo? Eu também não.
Mas os nossos problemas se acabaram e não morreremos ignorando os hábitos alimentares dos dragões.
O cientista Mark Lorch, escritor, consultor de cinema, divulgador científico e professor de química da Universidade de Hull, no Reino Unido, investiu conhecimento, equipamentos e o seu precioso tempo em uma pesquisa para saber se os dragões existem fora do mundo da fantasia, como seriam, o que comeriam, onde viveriam.
A referida universidade britânica se gaba, no saite dela, de que as “nossas pesquisas fazem uma diferença real em todas as nossas vidas e encaram de frente algumas das maiores ameaças do planeta” (o negrito é por minha conta).
Pois então. O professor Lorch lembra o básico da química: “para acender e manter uma chama, precisamos de três componentes: um combustível, um agente oxidante (normalmente o oxigênio do ar) e uma fonte de calor para iniciar e manter a combustão”.
Em resumo, ele chegou à conclusão que o animal teria que ser um ruminante para produzir o gás metano no intestino, como as vacas (Bos Taurus); ter capacidade para expelir o fogo, como o besouro-bombardeiro (Brachinus crepitans) faz quando se sente ameaçado; e produzir uma faísca capaz de acender o gás, igual a descarga elétrica produzida pelos peixes poraquês (Electrophorus electricus).
Eu pedi ao Copiloto, Inteligência Artificial da Microsoft, para criar uma imagem com as características nominadas pelo professor britânico. O robô ofereceu quatro alternativas e, na minha opinião, viajou mais longe que o professor Mark Lorch, que aliás tem um livro sobre o que os super-heróis comem para abastecer os corpos em chamas ou supervelocidade…
O que vocês acham das ilustrações?
[Crônica XCVI/2024]