Entre as muitas coisas que recebo por e-mail, uma chamou logo a atenção: “Fatos históricos que você não vai acreditar que sejam verdadeiros”, e eu caí feito um patinho.
Havia histórias sobre o cientista Albert Einstein não ter sido presidente de Israel em 1952 porque não quis; sobre a venda de heroína nas farmácias como medicamento contra tosse, inclusive com indicação pediátrica; sobre Pedro I, cognominado “O Grande” e “Imperador de todas as Rússias”, que tendo descoberto a infidelidade da esposa, mandou matar o amante, decapitá-lo, colocar a cabeça em um frasco de vidro e a pôs no quarto de Catarina como um lembrete do adultério; entre outras “curiosidades”, que não altera, em absoluto, o curso da vida de ninguém.
No entanto, contaram um fato sobre o presidente norte-americano Lyndon B. Johnson (período de 1963 a 1969), que, entre outras excentricidades, tinha o costume de despachar de dentro do banheiro, através de um telefone instalado no local especialmente para este fim.
Isso me fez lembrar um episódio acontecido logo no início da administração de Jerônimo Santana (1987 a 1991), no Governo de Rondônia.
Em uma manhã de despachos no Palácio Presidente Vargas, o governador ouvia as reivindicações da titular de uma das secretarias mais importantes quando de repente ficou de pé e disse: “Espera um pouco, secretária!”
Ele deu volta à mesa, abriu uma porta que ficava por trás dela e entrou. Momentos depois ela ouviu alguns sons que não entendeu de momento e sentiu um odor forte. Em seguida, a voz do governador veio lá de dentro do banheiro: “Pode continuar, secretária, estou ouvindo…”
A secretária recolheu os papéis e foi embora, tomando o cuidado para não olhar na direção da porta aberta.
[Crônica LII/2024]