“É absurdo? É. Mas eu não quero ver documentário quando vou ver Missão Impossível”
Usei uma frase da Isabela Boscov, crítica e nossa analista de cinema preferida, para iniciar essa resenha. Sou fã da série desde o final dos anos 1960, quando era estrelada por Peter Graves, e que teve nos episódios as participações mais constantes de Barbara Bain, Martin Landau, Rollin Hand, e, eventualmente, Sam Elliott e Leonard Nimoy (ele, o Sr. Spock de Jornada nas Estrelas).
O Missão Impossível atual, do Tom Cruise, mantém a ideia original, imaginada por Bruce Geller, de um grupo de espiões altamente secretos que trabalham para manter a paz no mundo. Além de combater o crime, ainda lutam para se manter, já que as outras agências “amigas” ficam com ciúmes dos resultados que a IMF (Força Missão Impossível, na sigla em inglês) consegue muitas vezes na *agada, digo, na sorte.
Nas duas versões – a de 68 anos e a atual – os agentes usam e abusam dos disfarces com máscaras e maquilagem, de equipamentos eletrônicos inventados para fins específicos de atender ao roteiro e de muito, mas muito mesmo, efeitos especiais cinematográficos. O resultado é espetacular e os diretores dos episódios conseguem nos surpreender a cada novo filme, com muita ação e reviravoltas na história. Em algumas, por exemplo, o “bandido” é quem você desconfiava desde o começo da exibição, mas que não sabia como ele traíria o “mocinho”.
Morte desonrosa
No início de dezembro, a Marcela propôs e eu aceitei fazermos uma maratona para (re)assistir a série produzida e estrelada por Tom Cruise. No filme um da série ‘Missão Impossível’, de 1996 – de que eu já não me lembrava mais -, o diretor Brian de Palma mata a personagem Jim Phelps, que era o líder da equipe desde 1966, quando foi ao ar o primeiro episódio. Com a morte inglória de Phelps como traidor, o agente Ethan Hunt assumiu o protagonismo. Bom para Cruise, que é o produtor e economiza dinheiro não contratando dublê para as cenas perigosas.
Apesar do saudosismo com que vejo Missão Impossível (não tem como não lembrar, pois a estrutura básica é a mesma, a abertura com o pavio aceso é o mesmo e a música composta pelo pianista argentino Lalo Schifrin é a mesma), o sabor de assitir uma série de que você admira e que o inspirou quando criança a ser um espião quando crescesse, é emocionante. E os filmes são muito bons (uns mais, outros menos).
Recomendo a maratona dos filmes cruiseanos e um possível resgate de algum episódio do antigo Missão Impossível no You Tube, caso deseje aceitar e comparar…