Passamos a manhã de sábado tendo uma experiência diferente: fomos à Feira Regional da Reforma Agrária, que é promovida pelo MST (Movimento Sem Terra) de Santa Catarina, em Florianópolis, na Ponta de Canas, norte da Ilha de Santa Catarina. A proposta é vender produtos agrícolas, bebidas e alimentos sem pesticidas ou “defensivos agrícolas” (venenos) produzidos e comercializados pelos próprios assentados. Também havia artesanato, roupas e plantas ornamentais. Almoçamos por lá e trouxemos para casa pães, queijo e biscoitos, todos deliciosos.
Mas o que me atraiu mesmo foram as apresentações musicais, com o Forró de Pife e Rabeca, apresentando músicas consagradas por Luiz Gonzaga e de outros compositores nordestinos. Teve também a palinha de uma das expositoras, de origem paraense, que cantou carimbós, que acompanhei discretamente batendo os pés. O violeiro e um dos organizadores do evento, Leonel Nascimento fez uma apresentação especial tocando MPB e canções próprias do MST.
Leonel Nascimento apresenta Cuitelinho, música tradicional brasileira, recolhida por Antônio Carlos Xandó e “enriquecida” por Paulo Vanzolini (Vídeo JCarlos)

Polo Cabrera (de chapéu) e Tribo Colibri, apresentaram canções manifesto de Violeta Parra, além de outras músicas latino-americanas (Foto JCarlos)
Depois do almoço acompanhamos a aprentação de Polo Cabrera e Tribo Colibri, cujo repertório é baseado na chamada “Canção Manifesto” (antigamente eram canções de protesto) tendo como base músicas da chilena Violeta Parra, como Volver a los 17 e Gracias a la vida. Polo Cabrera é também chileno radicado no Brasil desde a década de 1970 e, além de músico multiinstrumentista, é contador de história, pintor, ilustrador, marceneiro, escritor e jornalista, entre outras coisas que pude apurar.
Como dizeme repetem os marqueteiros sem imaginação, tivemos uma “experiência única”.