
Bruxas e benzedeiras se uniram para virar o tempo (Bruxas de Osmarina e Paulo Villalva; Benzedeira, de Manoel Petronílio e pintura JCarlos)
Percebi que o misticismo da Ilha de Santa Catarina não é folclore para atrair turista. É uma coisa real e palpável.
Pois vejam.
Há semanas, a Defesa Civil e os serviços de meteorologia vinham divulgando sucessivos boletins, cada um pior que o outro, com a previsão de chuvas intensas, tempestades de raios e granizo, além de muita ventania. Os eventos ao ar livre eram marcados e desmarcados, adiados ou suspensos, tendo em vista as previsões climáticas.
O cortejo do 3° Baile Místico, que aconteceria em paralelo à Feira de Cascaes, ficou ameaçado, pois as bruxas e outros encantados abriam mão do anonimato garantido pela noite, mas aparecer de dia e debaixo de toró, já é forçar a barra.

Até a presidente da Fundação Cultural, Roseli Pereira, ensinou simpatia para o tempo melhorar (Reprodução instagram.com/roselipereira_oficial)
As forças místicas da Ilha se uniram: bruxas, lobisomens, bois-tatá, fantasmas, mulas-sem-cabeça, feiticeiras e embruxados de um lado e benzedeiras de outro. No domingo, após um sábado de tempestade, o dia foi de sol, contrariando as previsões mais otimistas. O cortejo de bruxas, encantados e benzedeiras saiu pelas ruas do Centro Histórico unindo bruxarias e simpatias.
Com tudo isso que aconteceu, dizer que a Ilha é da Magia não é exagero de marketing. Ou não?