11 de setembro de 2023

Milonga pampeira

Por José Carlos Sá

Saímos de casa na tarde de domingo (10) mesmo com céu plúmbeo (como diziam os poetas d’antanho) para ver uma das atrações da Feira da Freguesia, que é promovida pela Prefeitura de São José. Nos atraiu, nesse dia sombrio, a apresentação dos músicos gaúchos radicados em Santa Catarina Iva Giracca, violinista, que nós já conhecíamos da Camerata Florianópolis e o gaiteiro Roger Corrêa. Com eles o acompanhamento de Arthur Borcato, no violão de sete cordas e do percussionista Alexandre Damaria.

As músicas – quase todas de autoria de Roger; duas com parceria da Iva e mais uma do músico argentino Rubén Rada – têm o clima e o ritmo da música gaúcha, misturada com o tango e a milonga, que é um gênero musical argentino e uruguaio. Curiosamente, o nome “milonga” foi dado por soldados brasileiros na Guerra do Paraguai, para apelidar “os longos versos cantados sobre a mesma melodia que se repetiam até o final, não passavam de palavrório, verborragia, prolixidade ininteligíveis”. A palavra vem do ‘quibunda’, lingua trazida da Angola, e significa falatório.

Foi uma tarde de música boa, aliada à simpatia da Iva, que ao final do show puxou o coro de “mais um! mais um!” Ela piscou o olho para a plateia e disse: – Fica a dica…

O show faz parte do lançamento do CD “Sul em Aquarela” e inclui as seguintes composições: Latino ibérica, Pampiana, Milonga gris, Un acordeon y tu, A Don Greco, Sul interior, Santa morena, Ivita e Candombe para Gardel.

Aquecimento antes do show – Iva Giracca, Ruger Corrêa e Arthur Boscato (Foto JCarlos)

Milongas pampeiras na praça Hercílio Luz (Foto Marcela Ximenes)

 

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