Domingo saímos para um passeio, mas a intenção oculta da Marcela era comer polenta, de preferência bem italiana. A primeira opção era irmos à Nova Veneza, mas a distância de 200 km fez com que a opção fosse outra cidade mais perto de casa. Fomos para Nova Trento, aqui ao lado, só 80 km. O nosso bate-e-volta teve um “plus a mais” pois fizemos o turismo gastronômico, religioso, além do cultural. Nova Trento é cidade criada por imigrantes italianos, vindos para o Brasil em 1875, fugindo de uma crise econômica que assolava a Europa.
Passamos pela 29ª edição da Festa Incanto Trentino, onde havia apresentação de grupos musicais, comidas e bebidas típicas. Ainda estava cedo e havia pouco movimento, mas deu para ver a dimensão do evento.
Depois seguimos para o Morro da Cruz, onde estão instalados um museu da colonização italiana, a Casa de Pulgas (antiguidades) e o Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro. Do mirante, no alto da Igreja, é possível ver o Vale do Rio Tijucas e a cidade de Nova Trento.
O santuário dedicado à Santa Paulina fica distante cinco quilômetros do centro de Nova Trento e foi instalado em uma área de nove mil metros quadrados, no bairro Vígolo onde se instalou a família de Amábile Lucia Visintainer, futura Madre Paulina. O local abriga a igreja dedicada à padroeira do lugar e toda a infraestrutura para receber os romeiros e turistas. Há dois centros comerciais com restaurantes, lanchonetes e cantinas. As lojas vendem, além de produtos religiosos, todo tipo de bugigangas possível.
Vale a pena a visita
Quem foi Madre Paulina
Nascida na comuna de Vigolo Vattaro, província de Trento, na Itália, em 1865, Amábile chegou ao Brasil acompanhando os pais e irmãos em 1875. Foram morar na região do Vale do Rio Itajaí, em Santa Catarina, para onde era encaminhados imigrantes alemães e italianos. Conta a história que aos doze anos ela e uma amiga acolheram e cuidaram de uma doente de câncer, em fase terminal. Daí surgiu a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que era dedicada aos pobres e cuidados aos enfermos e idosos.
Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus morreu em 9 de julho de 1942, em decorrência da diabetes. Foi canonizada em maio de 2002 pelo papa João Paulo II.