Nós, aqui em casa e por onde passamos, procuramos adotar as boas práticas de conservação da natureza. Fazemos o reuso da água da lavagem de roupas, economizamos água potável, evitamos trazer sacolas plásticas dos supermercados – acomodando o “rancho” em caixas de papelão e em bolsas de tecido – e separamos o lixo reciclável que produzimos para a coleta seletiva semanal.
Mas nem sempre isso é possível e compreendido.
Por exemplo, na padaria recuso a sacola plástica e trago as embalagens de papel nas mãos. Hoje pedi uma fatia de bolo formigueiro com cobertura de chocolate e falei à balconista que não precisava colocar a ‘gordoseima‘ na embalagem plástica e acondicionasse em um saquinho de papel.
– Vai ficar tudo sujo, mô quirido!
– Não se preocupe, respondi.
Ela pegou o bolo com a espátula e começou a colocar no saquinho de papel fazendo careta.
– Tá melando tudo, senhor…
– Não tem’portância.
Os outros fregueses da padaria olharam pra mim como se eu fosse um E. T.