
São Pedro, entre São Benedito e NS Aparecida, em imagem de cerâmica de autoria do mestre Geraldo Germano (Foto arquivo/JCarlos)
Hoje está sendo fechado – teoricamente – o ciclo das festas juninas. Já tivemos Santo Antônio no dia 13, São João dia 24 e agora (29), o São Pedro. Isso não quer dizer que acabaram as festas dessa época, agora chamadas “festas julinas”, mas elas acontecem sem um santo “patrocinador”.
São Pedro é o mais discreto dos santos festeiros, mas é o mais importante se visto pela hagiografia da Igreja Católica Romana. Pedro – que se chamava Simão – era pescador na Galileia e foi um dos primeiros apóstolos de Jesus, recebendo deste, depois, a responsabilidade de dar continuidade ao cristianismo.
No início de sua caminhada Cristo chamou um grupo de pobres pescadores com uma estranha promessa, segundo os evangelistas Mateus e Marcos: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Simão era um deles.
Uma outra frase dita por Jesus fez dele o primeiro papa e fundador da Igreja Cristã: “Por isso eu lhe digo: você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será desligado no céu”.
Por sua origem profissional, São Pedro é considerado o padroeiro dos pescadores e é representado com duas chaves na mão: uma de ouro abriria as portas do céu (ou do paraíso) e a outra, de ferro, destrancaria o portão dos infernos. Há quem diga ao recomendar um morto: “Que São Pedro lhe abra as portas do Céu”, ou que não abra, se estiver rogando praga ao extinto que aprontou em vida.
É atribuído a ele, também, a responsabilidade pelas chuvas (“São Pedro abriu as torneiras” ou “São Pedro abriu as comportas do céu”) e dos trovões (“São Pedro está mudando a mobília do céu de lugar).
A homenagem que presto a São Pedro é com a ilustração desse post, foto de uma peça do mestre Geraldo Germano, que fez parte da mostra “Do Barro à Devoção – Os santos de São José”, que foi exposta em maio do ano passado por professores e alunos da Escola Olaria Beiramar.