Atendendo a um convite do meu professor de cerâmica, mestre Newton (Figureiro) Souza, fomos passear a 65 quilômetros de São José. A desculpa era visitar a XXIII Quermesse, evento junino tradicional na paróquia da Igreja Matriz dedicada a São Joaquim. A cidade também se originou com a vinda dos açorianos que povoaram o litoral de Santa Catarina a partir de 1748.
A quermesse tinha tudo que uma festa realizada no átrio de uma igreja católica costuma ter: barraquinhas com bebidas (quentão), comidas (o pinhão cozido é da tradição), artesanato, além de música, jogos (bingo) e gente, muita gente. No entanto a quermesse é moderna. Não vimos nem uma mísera bandeirinha na decoração, nem um balão, nem uma imagem dos santos juninos, Antônio, João e Pedro…
Chegamos à cidade ao entardecer e antes de ir para a festa, passamos pela praia do Centro conferir. Na Quermesse já tinha muitas famílias passeando pela praça em frente à Matriz. Tudo muito limpo e organizado. O serviço de segurança era feito por uma empresa particular e os agentes (não me ocorre outra palavra) usavam uniformes preto com tantos acessórios que deixava o Cinto de Utilidades do Batman com inveja. Não notei armas de fogo em meio à parafernália de penduricalhos nos coletes balísticos.
Um outro destaque é que as barraquinhas eram geridas por 14 associações filantrópicas como a Associação de Amigos dos Animais, Grupo Escoteiro, Comunidade Quilombola Morro do Fortunato, Centro Pastoral da Criança, do Idoso, Apae, CTG, e mais alguns de quem não me recordo; além dos artesãos – entre eles os amigos Newton e Geraldo Germano. Gostei também do sistema de compra de fichas. Eram 20 caixas fixos e outros 20 móveis, andando com a maquininha pela praça, mesmo assim ainda teve gente que preferiu fazer fila.
A festa vai até domingo, 11, com a previsão de shows de artistas locais e nacionais e um desfile de carros de boi.
Algumas fotos de quinta-feira