Cartaz da série Gotham pela Nertando.Com espelhado por minha conta (Nertando.Com e JCarlos)
Por pouco não consigo assistir a nem um episódio da série Gotham que a Netflix tira de catálogo neste sábado. Disponível há alguns anos, eu não me interessei pelas histórias que precedem o aparecimento do meu herói maior Batman. Lendo um artigo que falava sobre as últimas chances de se assistir a filmes e séries que seriam tirados de cartaz nas diversas plataformas de streaming, vi que era minha última chance de assistir ao menos alguns episódios.
O Pinguim no encerramento da primeira temporada (Imagens Netflix; moldura Pixiz e montagem JCarlos)
Vi toda a primeira temporada, gostei muito da atuação do ator que fez Oswald Cobblepot, o famigerado Pinguim. Roberto Lord Taylor, que eu não conhecia foi muito convincente na personagem que sofria de um monte de tipos de assedio e ainda a superproteção da mãe. Deu no que deu. Na série, a personagem do Pinguim é quem costura os episódios e as diversas histórias paralelas, agindo ora como informante da polícia, ora como intrigante, jogando um chefão do crime contra o outro para ficar no controle da cidade. Ele apanha dos capangas dos dois mas não desiste.
O diálogo é entre os dois mafiosos sobre a ordem para matar Jim Gordon. Salvatore Maroni (esq) deseja que Don Carmine Falcone seja bem sucedido: “Nada é mais perigso que um homem honesto” (Reprodução Netflix)
Já a personagem do futuro comissário Gordon, desempenhada pelo ator Ben MacKenzie, é o herói que sofre – como diria o poeta Jessier Quirino – para moralizar a polícia e só enxuga gelo, pois a corrupção começa no prefeito, passa pelo comissário, indo até o recruta mais novato entre os policiais da GCPD (Departamento de Polícia de Gotham City, na sigla em inglês).
Na primeira temporada, Jim Gordon às vezes é duro, outras faz concessões aos bandidos, especialmente ao Pinguim, a quem usa (e é usado) como informante.
Outros futuros adversários do Batman vão aparecendo em cada episódio, da mesma forma que Bruce Wayne, ainda adolescente, vai se forjando na frustração, tristeza e solidão no futuro herói igualmente solitário e sempre frustrado sentimentalmente.
No geral, gostei da primeira temporada e, se algum dia a Netflix mudar de ideia e colocar a série novamente no catálogo, termino o que quase não comecei, pois valeu a pena.