Usei uma velha expressão popular para comentar esta notícia que li no portal português ZAP. O crime aconteceu na manhã de domingo, 30 de abril. Pelo título, a impressão que tive é que pessoas brigaram com os pombos. Como aqui no Brasil, depois do fato registrado, os coleguinhas portugueses não acompanham os desdobramentos do caso, já que o assunto ficou mal esclarecido. Pelo menos vejo assim.
O fato: três homens que aguardavam a chegada de pombos-correio vindos voando de Cáceres (Espanha) se desentenderam com um morador local, que por algum motivo, os matou com tiros de “caçadeira”, se suicidando depois com a mesma arma. Caçadeira é o nome português para a nossa conhecida chumbeira, escopeta ou “doze”. Para quem não está familiarizado com a arma, ou não liga o nome a pessoa, é uma espingarda que utiliza esferas de chumbo como munição. Quando se atira contra algo ou alguém, estas bolinhas de chumbo se espalham fazendo um estrago danado.
Lendo várias fontes, especialmente jornais portugueses e agências internacionais, não cheguei a conclusão nenhuma. O que se tem de fato é a morte de quatro pessoas, três delas ligadas à Associação Columbofila de Setúbal – cidade localizada a 45 quilômetros de Lisboa. Ficou faltando esclarecer duas coisas: a causa dos assassinatos e em que circunstância o autor dos disparos contra as vítimas se suicidou. Ou foi suicidado.
As versões da(s) causa(s) do crime: 1. “Desentendimento entre moradores, não havendo indicação de gangues. Os quatro homens seriam columbófilos e o desentendimento teria sido por causa dos pombos”; 2. “O agressor terá matado devido a um conflito antigo, devido a uma criação de pombos e hortas ilegais naquela área próxima da Bela Vista”; 3. “Segundo o jornal português Público, o assassino e as vítimas discutiam sobre dinheiro e repartição de lotes na região onde ocorreu o homicídio. Na área, há um aglomerado habitacional, conhecido como Bairro Azul”; 4. “Columbófilos queixavam-se de barulho de cães à porta do pombal. Dono do canil matou-os e suicidou-se”.
Mais nada foi publicado sobre o assunto e me pergnto: E agora, José?