O meu conceito de feira é aquele assim descrito por Glorinha Gadelha e Sivuca na letra da música “Feira de Mangaio“: “Fumo de rolo, arreio de cangalha; bolo de milho, broa e cocada; pé-de-moleque, alecrim, canela; cabresto de cavalo e rabichola; farinha, rapadura e graviola; pavio de candeeiro e panela de barro”.
A Feira da Freguesia, que é realizada todo primeiro domingo do mês (quando não chove) no Centro Histórico de São José, estreou o ano de 2023 sob um novo edital em que a primeira cláusula do regulamento permite a participação de expositores que comercializam “(…) artesanato e artigos e artefatos de uso doméstico ou pessoal, manufaturados ou semimanufaturados, tendo como objetivo o incentivo à cultura, exposição e comercialização da arte, artesanato e gastronomia regional”, não permitindo a participação de expositores de “produtos industrializados”.
Com essa restrição, fiquei sem a oportunidade de garimpar produtos nas bancas de livros novos e usados e de antiguidades, já que essas modalidades estão vetadas na “nova” Feira da Freguesia. Senti falta do livreiro Gilson Rabello, que negociava obras publicadas pela extinta Editora Lunardelli, onde já encontrei muitas preciosidades sobre história regional. Os vendedores de antiguidades – de quem não sei os nomes – também fazem falta. Nas bancadas deles encontrei bonecos e carros antigos do meu heroi predileto, o Batman.
Fica aqui o meu voto de pesar.
A “nova” feira
O domingo (19) foi de sol e festa pelo aniversário do município de São José. A Feira da Freguesia, em edição comemorativa, estava cheia de gente e de atrações. A Marcela e eu ainda conseguimos comer uma fatia do bolo de aniversário, um pastel de feira e encerrei o passeio – mais tarde – assistindo ao filme “São José da Terra Firme”, que é um audiovisual em média metragem com imagens retiradas do livro de mesmo nome de autoria de Gilberto Gerlach e Osni Machado.
Algumas fotos do nosso passeio:
Dona Vilma Cotta demonstrava habilidade no manuseio dos bilros para tecer renda (Video JCarlos)