Ouvindo o noticiário político, hoje cedo na rádio CBN, acompanhei os detalhes sobre o impasse que virou a questão da senadora Simone Tebet para ser ministra do futuro governo Lula, que começa domingo, ‘primeiro de ano’, como dizem aqui.
Ela ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições 2022 e trabalhou muito para que o então candidato Lula fosse eleito em segundo turno. Esperava-se – o senso comum – que Simone Tebet não fosse precisar pedir nada, nenhum cargo na chapa que ajudou a vencer o pleito. Esperava-se que o altruismo, que a retribuição fosse automática, que o agradecimento fosse espontâneo.
Ledo engano.
O Partido dos Trabalhadores, cujo representante era a cabeça de chapa na coligação vencedora formada por nove partidos, quer os principais ministérios da Esplanada.
Todos.
À Simone Tebet, que poderia se destacar em alguma pasta “finalistica” e sair novamente candidata à presidência da República em 2026, estão sendo oferecidos ministérios propositadamente enfraquecidos. Só se surpreende com essa atitude quem não conhece história. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Hadad, explica na reportagem da CBN que não há dificuldades em acomodar a senadora na equipe de Lula, mas…: “Havia uma inteção que Simone visava um ministério finalístico, um ministério que lida direto com algum assunto específico, Cidades, Turismo, Desenvolvimento Social, e isso mudou da semana passada para cá”.
A propósito, consultei meu arquivo de charges e cartuns e publico alguns relacionados ao tema, e que são variações sobre o mesmo assunto, sob um ponto de vista que beira o (auto)plágio ou homenagem, como queiram.