O clipe de papel é uma criação genial, usada no mundo desde 1899, disseminado por fabricante inglês que comprou a patente do inventor William D. Middlebrook.
Ontem meus colegas de trabalho ficaram olhando quando apanhei do chão um clipe “desentortado”, tentei dar a ele a forma original e o devolvi para a caixinha. Talvez tenham estranhado que eu recuperasse um objeto de preço insignificante, se olhado individualmente. Cerca de R$ 0,078 a unidade em cotação feita hoje na internet, apenas para ilustrar o post.
É que lembrei de uma cena que se passou em uma manhã de sábado na redação do jornal Alto Madeira, em Porto Velho, há mais ou menos 30 anos. As personagens citadas infelizmente já morreram e o jornal também foi extinto.
O editor-geral Ivan Marrocos desentortou um clipe e com o arame começou a coçar o ouvido. O seu Euro Tourinho, dono do diário, que estava ao lado, protestou: – Ivan, não faça isso! Você pode furar o tímpano!
Quem estava perto e ouviu a admoestação parou o que fazia para prestar atenção à conversa.
– E depois, Ivan – continuou seu Euro -, você sabe quanto custa um clipe? Eu entro aqui na redação e vou catando clipes no chão… Aliás, alguém aqui já viu um clipe enferrujado? Não parece, mas isso custa dinheiro!
O silêncio na redação permaneceu mais uns segundos, quando o editor de geral, Paulo Corrêa deu uma gargalhada:
– E todo mundo pensando que o Euro estava preocupado com o ouvido do Ivan! Hahahaha….