Na sexta-feira (2/9) contei aqui do meu encontro matinal com um equino, que não respondeu o meu cumprimento de bom dia. Era uma égua, bem maltratada, que foi deixada pastando e ficou zanzando aqui pelas ruas das imediações.
Há poucos dias a Prefeitura de São José enviou aos veículos de comunicação um release, ilustrado com fotos, informando que existia um convênio com o Regimento de Polícia Montada, da Polícia Militar de Santa Catarina para recolher animais – bovinos e equinos – que estivessem soltos nas ruas. Os animais seriam levados para a sede do Regimento, tratados e devolvidos aos donos, que pagariam o tratamento veterinário, ou colocados para doação. Um número 0800 foi informado no texto. Era “fake”, para usar um termo que está muito em uso. A Marcela ligou para a Ouvidoria e ninguém apareceu para recolher a égua.
No sábado vimos os vizinhos dando comida e água para o animal. Uma viatura da PM esteve por aqui, um dos militares fez uma foto, conversaram pelo rádio com a central e o pobre da égua continuou sendo tratada pelos moradores. Recebeu o nome de “fofinha”, de uma garotinha, que apesar de ter batizado o bicho, tinha medo de lhe fazer carinho. Até a manhã de ontem, domingo, a égua estava por aqui. Pelo estado geral dela, acredito que era usada para puxar carroça de recicláveis, como é muito comum ocorrer nesta região da cidade.
A Marcela, preocupada com a situação, ligou no sábado para o Batalhão da Polícia Montada e foi informada que havia mesmo um convênio com a Prefeitura para que recolhessem os animais nas ruas, mas o acordo venceu e o policial disse que “até ontem (2/9), que eu saiba, o convênio não havia sido renovado.
Lamento a Prefeitura divulgar uma “intenção” como um fato consumado. Aliás, venho lamentando isso há muito tempo. Vergonha!