Não sei se estou cometendo uma transgressão ao politicamente chato, digo, correto, escrever a palavra “roça”, ao invés de sertanejo. Também não sei se o certo seria usar “agro”, pois até a Festa do Peão de Barretos virou a festa do agronegócio…
Bom, depois destes prolegômenos vamos ao que interessa.
O repertório foi do chamado clássico sertanejo (título do espetáculo), ao popular brega, passando por canções que não se enquadram em nenhuma das duas classificações. Os arranjos de Luiz Zago e Alberto Heller deram roupagem moderna a músicas com mais de 90 anos, como é o caso de No Rancho Fundo, de Ary Barroso e Lamartino Babo. A regência da orquestra foi do maestro Jeferson Della Rocca e execução da expetacular Camerata Florianópolis
Os cantores Bia Barros, Manoela Balam, Dudu Fileti e Guilherme Botelho se revezaram – sós, em duplas ou os quatro – mostrando trabalhos de compositores como Rolando Boldrin e Almir Sater, e grandes sucessos nas vozes de Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Milionário e José Rico, Trio Parada Dura, Roberta Miranda, Sérgio Reis e João Pernambuco.
O sucesso brega a que me referi mais acima foi o indefectível “Fuscão Preto”, diretamente do final da década de 1970. Essa música, segundo a cantora Bia Barros, entrou no repertório a pedido de um espectador que foi às apresentações anteriores da Camerata e pediu o Fuscão.
O espetáculo foi apresentado, domingo (4), no espaço Beira-Mar de São José, numa promoção da prefeitura com patrocínio da construtora que apadrinha espaços públicos aqui da cidade e de Florianópolis. Agora, algumas fotos e vídeos:
Nuvem de lágrimas
Evidências
E o aguardado Fuscão preto