Lendo o boletim diário do Portal português Zap – AEIOU, fiquei conhecendo a história do “placebo”, que é definido assim pelo Instituto Nacional do Câncer: “Placebo é a formulação sem efeito farmacológico, ou seja, não contém ingredientes ativos que atuarão diretamente na sua doença. O placebo deve possuir aparência idêntica à da medicação ou produto estudado”.
O jornal eletrônico explica que “desde o XVII os clínicos usam o placebo para aliviar a ansiedade dos pacientes” e que desde então há a discussão se a prática fere à ética, havendo, claro, as correntes que defendem e condenam o método. Segundo um artigo científico – citado no texto, há relatos que “durante a II Guerra Mundial viu muitos casos em que as enfermeiras que ficavam sem morfina injectavam salina nos soldados feridos e que estes diziam na mesma que sentiam um alívio da dor”.
Na minha habitual conexão de pensamentos, lembrei que tive uma crise de otite enquanto estava servindo à Aeronáutica. Cheguei no quartel, numa segunda feira, com muita dor de ouvido. Fui ao ambulatório e o médico me internou no hospital sem maiores exames.
Fui para a enfermaria onde, durante a semana, fui recebendo a companhia de soldados. Cada um de nós com um problema de saúde.
A minha dor de ouvido, o problema estomacal do outro, o braço quebrado de um terceiro e as doenças dos demais, foram tratados com um único comprimido, que nos era entregue duas vezes por dia.
Se o comprimido curou cada uma das mazelas, não sei. O que ficou evidente era que o remédio tinha como efeito colateral (ou seria principal) formar gases.
Ainda bem que a enfermaria era bem ventilada…