
Manchetes escolhidas à êsmo em um mesmo dia em matérias reproduzidas das Agências Folha e Globo em vários veículos, no G1 e no Valor Econômico. Ninguém escapa (Montagem JCarlos)
Os coleguinhas de Imprensa, não sei se por economia de tempo ou preguiça mental, se especializaram em usar a metáfora “braço direito” para designar uma pessoa de confiança próxima a alguém. Nas últimas semanas usaram a designação em dose cavalar – para lembrar outro chavão batido – ao anunciar a nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, apontada como principal assessora do ministro da Economia Paulo Guedes.
E para ‘manter a tradição’, li na sexta feira, 1°: Nova presidente da Caixa escolhe funcionária do banco há 15 anos para ser seu braço direito. Era o “braço direito” escolhendo outro “braço direito”. É uma abundância de braços que não acaba mais…
Não se passa um dia sem que leiamos, em qualquer veículo noticioso, um chavão textual como pelo andar da carruagem, abrir (ou fechar) com chave de ouro, pontapé inicial, a toque de caixa, além da manjada e ultrapassada, mas queridinha de todos, a todo vapor.
Eu sei que pensar doi, mas a lingua portuguesa é muito rica em sinônimos e não custa nada substituir essas fórmulas desgastadas por outras palavras, melhorando o estilo de quem escreve. Para ter um bom vocabulário a fórmula é simples: ler bons autores. Só isso.