Nós vivemos em um mundo em que os valores estão tão invertidos, que na noite de ontem (27/02) eu me peguei torcendo para que o protagonista do filme que a Marcela e eu estávamos assistindo se safasse da *erda em que se atolou e em que estava mergulhando cada vez mais. E era um policial corrupto!
Um dia difícil (Sans Répit/2021) é ambientado em uma divisão policial que está sendo investigada pela corregedoria, onde – parece – todos são corruptos e ainda levam a estagiária para o mau caminho. No começo o policial Thomas Blin segue para o velório da mãe dele quando atropela um homem. Em ação paralela, o local onde trabalha se prepara para receber a equipe da corregedoria. A obra é uma refilmagem do sul-coreano de 2014 e que eu não conhecia. Foi bom, assisti sem saber o que viria.
Blin fica neste ‘trilema’: ir ao velório, resolver o atropelamento e ou se apresentar à corregedoria. Encurralado, ele resolve seguir para o velório com o corpo do atropelado – que afinal morrera – no porta-malas. As soluções que ele encontra chocam os espectadores pela frieza com que o policial resolve o seu problema, não de maneira fácil, mas resolve.
Quando você pensa que agora ele vai encarar os corregedores, eis que surge um chantagista misterioso, que sabe do atropelamento e da ocultação do cadáver e passa a coagi-lo de uma forma tal, que bagunça tudo de novo.
O roteiro dá conta do que promete e faz você pensar se é a arte que imita a vida ou a vida que imitar a arte. Até por causa do final do filme. Recomendo para quem, igual a mim, só quer diversão.
Serviço:
O quê: Filme Um dia difícil (Sans Répit/2021)
Elenco: Franck Gastambide, Simon Abkarian, Michaël Abiteboul, Tracy Gotoas, Jemima West, Serge Hazanavicius
Gênero: Ação, suspense, policial
Produção: França
Onde: Netflix