Com oito anos de experiência, o Argus Maximus tem vontade mas não perde mais tempo tentando caçar as rolinhas. Quem te viu, quem te vê.
Desde que foi adotado, Argus foi o terror da rua Bandeirantes, no bairro Escola de Polícia, em Porto Velho. Latia para pessoas ou animais que passavam na rua, para os helicópteros (geralmente da polícia) que sobrevoavam a casa e passarinhos e lagartos que invadissem o território dele.
Ele fez um um calangocídio, exterminando praticamente a família dos teídeos que iam tomar sol no deck do nosso quintal. Geralmente só encontrávamos a vítima depois que o jovem cachorrinho tinha brincado até o parceiro ficar ‘morto’ de cansaço.
Houve uma vez em que a vítima foi literalmente retirada da boca do carrasco, mas o calango não sobreviveu. O JP, que estava perto, retirou a lagartixa da boca do Argus e a jogou pelo portão da rua. Um gato que passava na hora pegou o bicho ainda no ar.
Agora o Argus é outra pessoa e delegou às amigas Azula e Atena a responsabilidade de espantar os passarinhos que, inadvertidamente, pousam no território deles.