14 de janeiro de 2022

Escrevi o seu nome na areia…

Por José Carlos Sá

Mandala na areia da praia e na capa do jornal ND de 31/12/2021 (Foto Luiz Debiasi/ND)

Estava pesquisando alguma coisa e reencontrei uma edição antiga do jornal ND e tomei emprestado um verso de Xote dos Milagres, de Tato (Ricardo Cruz), sucesso com o grupo do Falamansa, para comentar a foto que ilustrou a capa do dia 31 de dezembro de 2021.

O artista desenhou uma mandala nas areias da praia da Galheta, em Florianópolis, para anunciar “as boas novas do ano novo”. O desenho tinha 50 metros de diâmetro e demorou duas horas para ser executado. Clayton David, o Reci Clayton, diz não ter apego com a arte que faz. Para ele, a maré não leva seu desenho embora, “ela deixa a praia ‘lisa’ para eu fazer o desenho”.

O padre Anchieta escrevendo na areia da praia em duas versões: Benedicto Calixto e Cândido Portinari (Repprodução)

Quando reli a matéria pensei em outro que não tinha apego com o que criava: O padre jesuíta José de Anchieta.

Conta a história que enquanto ficou preso entre os índios Tamoio, na região da praia de Iperoig onde hoje é a cidade de Ubatuba (SP), Anchieta escreveu o “Poema à Virgem”.

Eram cinco mil versos que ele escreveu e as ondas apagaram. Ou ele tinha uma memória muito boa para decorar tudo, ou a versão escrita em suportes mais duradouros, digamos assim, não foi igual à aquela gravada nas areias…

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