Eu sempre comemoro o aniversário de Rondônia no dia 4 de janeiro, data em que o Estado foi instalado. Mas aconteceu um causo dia 22 de dezembro, data da elevação de Rondônia da categoria de Território Federal à condição de Estado, através da Lei Complementar nº. 41, de 22 de dezembro de 1981, assinada pelo presidente João Figueiredo. Foi assim:
Estávamos indo a um compromisso da Marcela, quando o apresentador do programa Notícias na Manhã da rádio CBN Diário, o amigo Mário Motta, começou a falar sobre os fatos históricos ocorridos naquele dia. Nós conversávamos no carro, com o som do rádio em surdina, quando ouvi a palavra “Rondônia”. Fiz um sinal para a Marcela, aumentei o volume do rádio e passei a prestar atenção naquilo que o locutor falava.
O Mário Motta contava como foi feita a elevação do Território a Estado há 40 anos, e informava a localização geográfica do novo Estado e, após comparar valores de alugueis, afirmou que o custo de vida na cidade de São Paulo é 80,6% mais caro que em Porto Velho, arrematando: “E você tem uma vida mais tranquila por lá. Não quero estimular ninguém a se mudar, mais… Se pensar, vamo pensar… Se sei lá… Se as alternativas que a vida oferece o levariam a Porto Velho, a Rondônia? E seja feliz. A vida é assim”.
Como eu estava dirigindo, mas ligado naquilo que o jornalista dizia, esqueci para onde estávamos indo e passei direto da rua em que iria entrar. Tive que fazer o retorno, perdendo muito tempo na manobra. Por sorte, a Marcela não chegou atrasada à obrigação.
Como disse alguém, “saí de Rondônia, mas Rondônia não saiu de mim”. Felizmente.