O celular tocou e ouvi a voz nervosa do major Rangel (que habitualmente é calma):
– Zé, você está assistindo televisão?
– Não, o que houve Rangel?
– Liga a tevê! Estão bombardeando Nova Iorque!
Ainda respondi um “Hein?”, mas ele já tinha desligado. Fui ao gabinete da Secretaria de Agricultura e liguei o aparelho. Via o caos, o World Trade Center envolvido por uma fumaça negra e densa e os jornalistas tentando explicar o que não entendiam o que era.
Voltei para minha sala e fui procurar informações nos sites de notícias, em vão. Tudo desencontrado. Só o que se sabia com certeza é que dois aviões se chocaram contra as torres gêmeas, que estavam em chamas e que já havia notícias de muitos mortos e feridos.
No decorrer do dia, da semana e dos anos é que ficamos realmente sabendo a profundidade e a seriedade daquele ato terrorista. O medo se irradiou pelo mundo e até hoje esse sentimento está presente. Ninguém está seguro em lugar nenhum.