Levantei da cama pouco antes das seis horas. Desci para fazer o café e soltar os cães – com o frio que está fazendo, estão dormindo na sala. A Azula fez as necessidades fisiológicas e voltou para a cama dela. A Atena se levantou repentinamente e correu para o portão latindo muito. Não liguei, porque ela late até para o invisível.
Quando saí para ir à padaria, vi uma picape vermelha estacionada na frente da nossa casa (Placas Florianópolis). Tinha um adesivo de uma empresa de pintura e estava com os vidros abertos. Pensei que era de alguém que estacionou o veículo ali e foi a uma das muitas obras que existem na nossa rua.
A Marcela saiu e voltou do Pilates e a caminhonete no mesmo lugar. Desconfiada que o carro era roubado, ligou para o número que estava na plotagem e falou com o dono do utilitário. A viatura havia sido furtada durante a madrugada. Ele pediu a localização da rua para vir buscar a propriedade dele.
Ao chegar disse que o furto deve ter acontecido por volta das duas da manhã, pois o vizinho dele, caminhoneiro, chegou em casa às três horas e o carro não estava mais. Os espertos dos ladrões já haviam telefonado para ele três vezes, chantageando. Pediam dinheiro para dizerem onde haviam deixado a picape. Resumindo. O prejuízo foi o som que foi arrancado do painel. Os amigos do alheio não levaram os cds – nem o que estava no aparelho – que foram deixados jogados no chão.
Marcela ganhou cinco estrelinhas. E não é a primeira vez que ela se envolve com problemas policiais. Em Porto Velho, ao notar que estavam entrando na casa ao lado. Ela telefonou para mim e eu avisei ao vizinho. O produto do furto foi recuperado.