Em fevereiro li uma matéria sobre as obras da Usina Hidrelétrica de São Roque, localizada no Planalto Serrano de Santa Catarina, entre os municípios de Vargem Grande e São José do Cedro. O leilão foi realizado em 2011, com a promessa de gerar 135 MW e deveria ter sido concluída em 2016. 80% da estrutura está pronta, mas acabou o dinheiro do financiamento e hoje o investimento dos sócio da Engevix é para a manutenção dos equipamentos que, ou não foram instalados ou não estão sendo usados.
A Usina Hidrelétrica Samuel, no município de Candeias do Jamari, em Rondônia, também foi uma longa novela. Os estudos começaram a ser feitos no governo de Ari Marcos da Silva (27/03/1963 a 14/10/1963), no Território de Rondônia. A construção foi iniciada em 1982, pela Eletronorte. O presidente da República era João Figueiredo.
Faltou dinheiro no orçamento e o problema se arrastou nas administrações dos presidentes Sarney, Collor, Itamar e parte do Fernando Henrique, que a inaugurou remotamente, devido às manifestações dos professores em Porto Velho.
No dia da foto acima, eu ainda trabalhava no Decom (Departamento de Comunicação) do governo de Rondônia e fui acompanhar o governador Jerônimo Santana. Na equipe, o repórter-fotográfico Rosinaldo Machado. Ao saber que haveria a detonação da ensecadeira (estrutura provisória para mudar o curso do rio), Machado pediu ao governador para usar o helicóptero para tirar uma foto aérea do evento. Machado foi atendido e se dirigiu ao heliporto. Nesse meio tempo houve a detonação, com pirotecnia, subindo fumaça verde, azul e amarela.
Todos os fotógrafos presentes registraram as explosões, menos o Machado, já que o helicóptero não pode decolar por questão de segurança.