A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou – há três meses, mas eu soube agora – projeto de lei determinado às maternidades da rede pública que providenciem acomodações separadas das demais gestantes para as mães que deram à luz a um bebê morto. A justificativa é devido ao impacto psicológico que essa mãe pode ter ao ver outras parturientes com os filhinhos no colo.
Fui acompanhar meu pai à maternidade. Íamos buscar mãe que teve uma gravidez difícil. Eu não sabia de nada e estava ansioso para carregar o bebezinho no colo. Fiquei no táxi enquanto pai entrou no hospital. Minutos depois eles saíram sem o bebê. Minha irmã, Amélia, morreu pouco tempo depois de nascer.
Fomos para casa com a certidão de nascimento e óbito no mesmo papel.