O cartum acima, representando a limitação de horário de funcionamento de um café devido à Covid-19, determinado pelo governo de São Paulo (o original saiu na França), destampou os arquivos mentais.
A obra dasuzina de Santo Antônio começou em 1° de setembro de 2008. Na primeira fase de terraplanagem não era possível levar visitantes até lá. Com o início da construção da Casa de Força número um, na margem direita do rio Madeira, foi construído um mirante e começamos a levar visitantes, sem muita estrutura e atendendo a todos os “curiosos”, na medida do possível. Só mais para frente, o Programa de Visitas passou a ter critérios.
Recebíamos autoridades, jornalistas, auditores, grupos de pastores, estudantes, índios e todos aqueles que podíamos atender. À medida que a construção avançava, o tempo de visita era maior, chegando até a duas horas e meia. Havia pessoas que não queriam ir embora e, nós, da equipe, já esgotados.
As visitas eram cansativas, era um entra e sai do carro, em um ambiente quente e empoeirado. Ainda tinha um inconveniente. Às 17 horas era o final do expediente dos trabalhadores e você tinha que entrar em uma fila de ônibus e carros para sair do canteiro de obras. Não sei quem “descobriu” uma forma de apressar as visitas: quando chega às 16h30, falávamos para os visitantes, “Vamos apressar, por que daqui a pouco é a ‘hora da malária'”. Geralmente, a resposta era: “Já estou satisfeit(a)o. Podemos ir embora.” Não mentíamos. A região de Santo Antônio era endêmica e o Consórcio construtor gastou muito dinheiro para sanear o entorno do canteiro de obras.
Era infalível!