
Conheço o Saci pessoalmente, apresentado pelo amigo Luís Fajardo (Fotos Marcela Ximenes – Rio de Janeiro / 2015)
Ouço falar do Saci Pererê desde a mais tenra idade. As histórias que minha avó, mãe e Teresa (babá da minha irmã Cida) contavam era que o Saci era do mau. Trançava a crina dos cavalos, jogava estrume dentro das panelas e sujeira nas cacimbas ou cisternas. Ou seja, tocava o terror!
No livro O Saci, do escritor Monteiro Lobato, que faz parte das estórias do Sítio do Picapau Amarelo, o ente aparece fazendo boas ações, salvando Narizinho da Cuca, contando a Pedrinho várias lendas do folclore brasileiro, como a Mula-sem-cabeça, o Negrinho do Pastoreio, o Lobisomem e sobre o Boitatá. O saci ainda salva Pedrinho dos encantos da Iara.
A versão do Saci que os jovens conhecem hoje é o do programa global Sítio do Picapau Amarelo, uma versão mais “pasteurizada”.
Hoje é o Dia Nacional do Saci, instituído em Lei Federal, em contraponto ao Halloween importado. Mas só sabe disso quem estuda o folclore nacional. No entanto o apelo comercial do Halloween supera a tradição brasileira.