Hoje, 26/10, é lembrado o nascimento do antropólogo, romancista e professor Darcy Ribeiro (1922/1997), que deixou uma extensa obra, não só literária, como de ações. Vou enumerar algumas: participou da fundação da UnB (Universidade de Brasília), foi o mentor dos CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), no governo Brizola, de quem Darcy foi vice-governador, foi Senador e, nesta condição, lutou pela reforma do ensino brasileiro, participando da LDB (Lei de Diretrizes Básicas).
Darcy ainda trabalhou no SPI (Serviço de Proteção aos Índios) e junto com os Irmãos Villas-Boas foi um dos responsáveis pela implantação do Parque Indígena do Xingu. Foi companhia das últimas horas do Marechal Rondon e leu a carta de despedida de Rondon aos índios.
Li vários livros de Darcy Ribeiro, entre eles “O povo brasileiro”, que mostra a nossa diversidade e ao mesmo tempo uma unidade. Mas o livro de que não largo é “Maíra” – Civilização Brasileira/1983. O meu volume é da 6ª edição e me foi presenteado pela minha ex-editora Raquel Mattos, com quem tive o prazer de trabalha e aprender na TV Alterosa, de Belo Horizonte. Fui em abril de 1986 para Porto Velho – e gostei – e voltei em Beagá para pedir demissão. A Raquel saiu, comprou o livro e fez a dedicatória. A publicação me acompanhou a Rondônia, a Brasília e agora está comigo em Santa Catarina.
O livro significa muito para mim, não só pelo Darcy, como pela Raquel. Obrigado aos dois.