Muita gente consulta o horóscopo antes de fazer qualquer coisa, outros acreditam nas características comuns àqueles que nascem sob o mesmo signo.
Na casa da minha avó, apesar de serem católicos apostólicos romanos, ouviam diariamente o programa “Bom dia, mas bom dia mesmo”, do Omar Cardoso – considerado o maior astrólogo do Brasil. A minha avó dizia que era do signo de Leão, pois a palavra “câncer” não era pronunciada na casa e aquele era o verdadeiro signo dela, nascida no início do mês de julho.
Eu ainda era “foca”, há poucos meses trabalhando na Rádio Itatiaia de Belo Horizonte, quando fui escalado para substituir a colega Cidinha, que apresentava o horóscopo diariamente. Fui encarregado de escrever as previsões diárias, sendo que eu não sei nem qual é a ordem dos signos no Zodíaco.
Preocupado em como eu ia fazer, o meu chefe sugeriu que eu fizesse primeiro a lista dos signos e escrevesse coisas gerais. Nessa época eu não conhecia Paulo Coelho, mas escrevia no estilo dele. Um exemplo: “Você de Capricórnio, comece o dia com bons pensamentos e você verá que tudo vai dar certo!” Ou: “Você de Leão, aposte no bom humor, sorria até para quem você não conhece”.
Passei um mês assim.