22 de julho de 2020

Relato de um certo Oriente – O que li no confinamento

Por José Carlos Sá

Prêmio Jaboti de 1990 de Melhor Romance (Foto divulgação)

O livro do amazonense Milton Hatoum deve ser lido devagar e com atenção. A narrativa é uma carta de uma mulher ao irmão dela – os nomes de ambos não é dito – que volta à cidade depois de muitos anos e não encontra o mesmo ambiente que deixou.

O drama se desenrola em torno de uma família de origem libanesa que se estabeleceu na capital do Amazonas e criou relações com os locais, especialmente Emilie, que é a matriarca e realiza um serviço social de doação de comida aos pobres uma vez por ano.

Milton Hatoum construiu uma narrativa circular com várias vozes emendando a história uma na outra (Foto Companhia das Letras/Divulgação)

Através de vários narradores a história de desventuras da família é contada e você tem que acompanhar as pontas dos fios para entender o enredo. Relato de um certo Oriente (Companhia de Bolso/2014) valeu a Milton Hatoum o Prêmio Jabuti de 1990 de Melhor Romance.

Tive o prazer de conhecer o Milton Hatoum numa Feira de Livros em Brasília, em 2005. Ele contou que ao chegar à Capital Federal para fazer um curso na UnB (Universidade de Brasília) ficou com muitas saudades de sua terra e ia para o Lago Paranoá, ficava horas sentado, invocando as águas do Rio Negro de Manaus.

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Brasília Manaus Milton Hatoum Relato de um certo Oriente 

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