Domingo tive o prazer de ler uma crônica futebolística do jornalista Roberto Alves, decano da Imprensa desportiva de Santa Catarina. Não acompanho futebol, mas gosto de crônicas.
Ele conta a aposta entre dois torcedores “doentes” do Renaux e do Payssandu, de Busque. O torcedor do Renaux era árbitro amador e o “payssanduense” era barbeiro. Em uma segunda-feira e, durante o corte de cabelo, os dois discutiram sobre a próxima partida, chegando a apostar dinheiro (uma boa quantia) contra um curió cantador do cabeleireiro.
Na sexta-feira o torcedor do Renaux chegou à barbearia e disse: “Vim buscar meu curió!”
– Mas o jogo será no domingo!
– Sim, mas eu fui sorteado para ser o juiz…
Me lembrei de uma história que meu pai contava.
O atacante do time visitante foi ‘a$$ediado’ pelo prefeito da cidade para que não marcasse nenhum gol. Em um lance em que a bola sobrou para ele, na frente do goleiro, se lembrou do acerto e disse ao adversário:
– Vem ni mim, vem ni mim…
O goleiro respondeu entre dentes:
– Não posso, eu também estou vendido!