Me lembrei de uma situação de “perigo” que enfrentei quando trabalhei nos Correios (de 1972 a 1976).
Fui entregar correspondência no Santa Tereza, bairro residencial em Belo Horizonte, meu distrito habitual era a Cidade Industrial de Contagem. Cheguei em uma casa com muro baixo e bati palmas para saberem que eu estava lá. Ninguém atendeu. Então eu vi que tinha uma campainha perto da porta da casa.
Abri o portão, dei uns poucos passos e estiquei o braço para apertar o botão. Antes que eu encostasse no dispositivo, vi pelo canto do olho um cachorro pastor alemão deitado atrás da parede do alpendre, também me olhando. Mantendo o braço esticado – para não fazer gesto brusco – andei para trás e fechei o portão. O cachorro não se moveu, para minha sorte.
Continuei batendo palmas e gritei o famoso “Côrreiooo!”. Uma senhora veio atender e receber a correspondência. Eu disse a ela que ter campainha lá dentro não adiantava nada e ainda tinha o cachorro.
– Pode ficar tranquilo, o cachorro não morde!
Eu é que não quis experimentar…