Na história de ontem (A Intervenção), contei que pedi para falar com o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general César Nicodemus e fui atendido. Fiquei conhecendo o general em 1992.
Uma manhã fui ao aeroporto de Porto Velho levar um documento para o governador Osvaldo Piana assinar. Ele viajaria para o interior e ficou combinado que eu o esperaria no hangar do governo. Chegando lá, estava o Comandante da Brigada, general Alexandre da Paz Lopes, que estava acompanhado de seu substituto, general César Augusto Nicodemus de Souza. Eles estavam ali para que o futuro comandante fosse apresentado ao governador.
Ficamos conversando e perguntei ao general César Nicodemus se o serviço militar obrigatório ainda era necessário. Ele, que vinha da Diretoria do Serviço Militar do Ministério do Exército (eu não sabia de antemão), explicou que há regiões do país – como a Amazônia, por exemplo, em que o Exército é a única chance do jovem se tornar cidadão. “Para dar um exemplo, recebemos rapazes que não sabem a função do órgão masculino, além de urinar. No serviço militar aprendem até a escovar os dentes”.
No dia da transmissão de comando da Brigada, fui pautado para cobrir o evento. Após a solenidade, fui entrevistar o novo comandante, que conversava com o seu Euro Tourinho. Ao me ver aproximar, seu Euro falou para o general, “Este aqui é o nosso repórter, o senhor pode dar uma palavrinha com ele?”. O general César respondeu: “Já nos conhecemos. O Zé Carlos tem a porta aberta aqui no Comando!” Seu Euro ficou boquiaberto.