Em meados de outubro uma matéria da BBC comentava o bom desempenho econômico da Bolívia, sob o governo de Evo Morales, atribuindo ao sucesso à nacionalização do gás e do petróleo (o Brasil tomou no prejuízo com essas medidas).
Mas o tempo virou. Com a tentativa de se manter a todo custo no poder, onde já estava há 13 anos, Morales e seus seguidores tentou vencer as eleições por um atalho. A imprensa e os delegados da OEA, que acompanhavam o pleito, denunciaram a fraude e a população saiu às ruas. E quando a população sai às ruas, o caldo engrossa.
Evo Morales anunciou ontem (10/11) a sua renúncia à presidência da Bolívia, ato que se repetiu em série com as renúncias do vice-presidente Álvaro Garcia Linera, do presidente da Câmara dos Deputados, Víctor Borda, além de dois ministros, três vice-ministros, um governador, seis legisladores e dois senadores eleitos do MAS, partido Movimento para o Socialismo (Movimiento al Socialismo, em espanhol). O país será governado por presidente próisório até a realização de novas eleições.
Ninguém arrisca um palpite sobre o futuro do país.
(Texto atualizado)